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As fotografias do álbum As Pessoas nos remetem a um momento da sociedade cuiabana marcada pela coletividade – motivadas por datas festivas, religiosas, eventos escolares ou mesmo, geradas naturalmente, pelas atividades cotidianas, nas ruas estreitas e nos calçadões. A cidade está sempre cheia de pessoas. Parques, praças, coretos, ruas, escolas... A coletividade, mais que apenas aglomeração de pessoas, é uma comunhão de pessoas nas mesmas ações.

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Pessoas da comunidade em situações diversas, mas em quantidade, integradas, revelando uma Cuiabá anterior ao individualismo que solapa nossa sociedade contemporânea. As famílias numerosas, compostas por pais, avós, tios, filhos e netos, em pose para uma foto que registre todos os seus integrantes. Um núcleo familiar expandido e uma sociedade que se expande.

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As fotografias desse álbum remontam ao período de 1910 a 1990. A partir da década de 1950, percebe-se de forma mais evidente, que governantes utilizaram diversos eventos próprios do calendário cívico-religioso para integrar pessoas e sociedade, inclusive com finalidade política. Nas fotografias da década de 80 para 90, é possível notar agrupamentos de pessoas, em muitos casos, fomentados por variadas atividades, em espaços públicos.

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Durante muito tempo, sendo fotografar e o revelar a fotografia algo caro e restrito aos estúdios fotográficos fixos ou de temporada, as oportunidades de ser retratado deveria ser aproveitado por todos, sendo assim, é comum encontrarmos fotografias onde as pessoas se ajuntam no intuito de participar do momento do registro.

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Mas, a partir da década de 80, o barateamento de equipamentos e insumos fotográfico tornou comum o fazer fotográfico. A fotografia se populariza com máquinas de negativos automático e coloridos, polaroids, máquinas de engrenagens e manuseio simplificado e principalmente, suportes fotográficos mais resistentes.

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A popularização da fotografia doméstica rompe com a exclusividade dos estúdios e possibilita que uma pessoa sem muita habilidade pudesse fotografar simplesmente apertando um botão.

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Com isso, o fazer fotográfico perde um pouco sua mística e já não é mais um desperdício uma fotografia com uma única pessoa. Neste álbum temos exemplos de fotografias que registram apenas uma pessoa e esse individualismo presente nas fotos apontam para os anos seguintes de individualismo também presente na sociedade.

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Silvano da Silva Siqueira

Produtor Cultural e Mestre em História

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As Pessoas

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