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A fotografias presentes no álbum A Cidade nos apresenta uma sequência de imagens de Mato Grosso, principalmente da cidade de Cuiabá entre as décadas de 1910 a 1990, sendo a maioria das décadas de 80 e 90. As fotografias revelam o processo de transformação da paisagem da cidade de Cuiabá, onde é possível perceber as construções tradicionais de taipa e adobe, de tijolos, com telhas cerâmicas, e, ao mesmo tempo, construções suntuosas como estádios de futebol, órgão do governo do Estado e a Universidade federal de Mato Grosso, expressão do concreto armado.

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A Universidade Federal de Mato Grosso é fruto do programa de integração da região Norte e Centro-Oeste ao restante do país, pensado desde o final do século XIX e implementado durante governo de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e governos militares. Diversas obras de integração da região Norte e Centro-Oeste do país ocorridas ao longo da década de 60 e 70 carregam características arquitetônicas comuns, como a intensa utilização do concreto armado, a exemplo da capital, Brasília.

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Um traço marcante nas imagens da Cuiabá edificada durante a década de 60 e 70 é o impacto de novas construções, de vias de circulação, de substituição de calçamentos e de modernização de infraestruturas na paisagem de origem colonial.

Percebe-se também o processo de descaracterização dos espaços verdes e dos tradicionais quintais. Aos poucos, a cidade vai perdendo as características que lhe valeram a alcunha de “cidade verde” e o concreto vai brotando, isolando as construções antigas a pequenas regiões da cidade, como no Porto, no Centro Antigo, no Dom Aquino, no Araés...

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Neste sentido, para compreender esse confronto entre a arquitetura tradicional e a “modernidade” presente neste conjunto de fotos é importante compreender o processo de constituição da noção de patrimônio cultural no mundo a partir de meados do século XIX e, no Brasil, a partir dos anos de 1930. A primeira referência para se identificar um bem como patrimônio cultural é se de fato importa para a memória nacional. No Brasil, a busca é pela singularidade nacional, compreendendo os valores históricos no Brasil válidos para todas as regiões. Um povo, uma história. Uma política de governo.

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Nessa perspectiva, construções características do modo de vida de determinadas regiões não têm reconhecido o seu valor cultural local. E é nesta perspectiva que nas décadas seguintes até 70, acorre o confronto entre a arquitetura tradicional e a “moderna”, que pode ser visto nas fotos desse álbum.

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Silvano da Silva Siqueira

Produtor Cultural e Mestre em História

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A cidade

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